sábado, 16 de novembro de 2013

SENHOR GENTILEZA

SENHOR GENTILEZA

            Tenho ultimamente encontrado vários sinais do comportamento gentil de algumas pessoas ao meu redor. Muitas vezes massacrado pelo cotidiano, pelas inúmeras tarefas da rotina, deixei de perceber o quanto algumas pessoas são gentis.
            Num determinado momento quando eu ia atravessar a rua Rui Barbosa, sobre a faixa, muitos carros afobados tiraram fininha do meu corpo. Seria mais um dia comum se não fosse por um detalhe, um carro parou, antes da faixa, para esperar a minha passagem.
            Num outro momento, indo de carona com colegas professores à cidade de Barbosa, deparei com mais um gesto de gentileza. O caminhoneiro cedeu a passagem para o nosso carro.
            Pode ser algo banal, hoje em dia, mas se refletirmos que esse comportamento rareou, veremos que ser agraciados por um gesto de generosidade está tornando-se sorte.
            Quantas vezes já não fomos apressados em nossas passadas por causa de motoristas bufantes ou quase atropelados por ciclistas intrépidos?
            Gentileza tem a ver com educação. Com o acúmulo de aprendizagem atitudinal e procedimental adquirido desde as primeiras horas de nosso nascimento.
            Quem dera fosse assim todos os membros de nossa sociedade. Quem dera fossemos assim todos os momentos de nossas vidas.
            Em última feita ao descer a rua, muito movimentada, percebi que a carteira de um senhor havia caído no asfalto, em meio ao tráfego. Como o homem não havia percebido, seguiu em direção a padaria. Pude então recuperar o objeto, sob os olhares das pessoas que por mim passavam, e entregar ao respectivo dono. Ele me agradeceu e fui.
            A gente percebe que ser generoso não dói. E penso que não é uma obrigação agir com gentileza, mas um princípio de respeito humano e educação.

            É isso!


sábado, 18 de maio de 2013

TODO O SENTIMENTO - CHICO BUARQUE



A "arte é inútil" e com esse pressuposto, Chico Buarque nos introduz uma das grandes e pequenas contradições permeadas em suas composições. “Todo sentimento do mundo” me faz lembrar “Tom Jobim” e sua poética amorosa. De um homem recatado, decaído, amoroso e querendo ser amado. Mas claro tudo isso é minha interpretação, até porque a arte é inútil, não há  utilidade social que se tem de imediato e esperado sofrivelmente pelas pessoas no dia-a-dia. Mas serve para parar num dado momento e pensar naquele encontro que se teve. Como a arte, o amor, diria eu, também é inútil.



Todo o Sentimento


Chico Buarque

Preciso não dormir
Até se consumar
O tempo da gente.
Preciso conduzir
Um tempo de te amar,
Te amando devagar e urgentemente.

Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez,
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.

Prometo te querer
Até o amor cair
Doente, doente...
Prefiro, então, partir
A tempo de poder
A gente se desvencilhar da gente.

Depois de te perder,
Te encontro, com certeza,
Talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu.




Cheio de contradições, essa letra me espanta. Isso é poesia e nenhum professor de literatura me apresentou na sala de aula e em contra partida conheci Olavo Bilac. Nada contra, mas contrariando as expectativas pedagógicas, preferiria Chico Buarque. A sonoridade em si é linda de morrer. Um bailado leve e sereno, carregando você como o mar, todo manhoso, mas também de uma força de arrebatamento, como os olhos de Capitu. Rápido e manhoso. Eu não sei o que essa música tem a ver com Paris... talvez a cidade romântica do mundo... Acho que tem a ver com Penápolis, foi aqui que senti meu primeiro e verdadeiro amor, ou qualquer outra cidade onde eu conhecesse alguém que me fizesse estar encantado... Acho que qualquer cidade onde sempre eu tenha a experiência nova de um primeiro e verdadeiro amor.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

XEPA



             




Aproveitando o embalo da nova novela da emissora de televisão Record, a Dona Xepa, remake da novela global de 1970, busquei compreender o significado dessa palavra tão brasileira: “Xepa”. Segundo o Mini Aurélio Escolar (Século XXI) publicado pela Editora Nova Fronteira (2004), Xepa é:

(Ê) sf. Bras. Pop. 1. Comida de quartel. 2 As mercadorias vendidas ao término das feiras, geralmente mais baratas e de qualidade inferior. p.761


E o dicionário Online que uso frequentemente, o Dicio.com, também comunga com as definições do Aurélio.

O interessante é saber a origem desse nome. Sendo uma palavra popular brasileira, talvez um modo de falar regionalista, pode ser muito difícil descobrir a origem dela. Mas quem sabe onde encontrar poderia dar um toque, né?

 Há outras expressões também interessantes como “bater uma xepa” ou significados diversos como “livros velhos” e “cirurgias”. No site dicionário informal se encontra uma discussão legal sobre isso. Mas é claro que a novela utiliza do termo ali exposto pelo Aurélio.
 
 Outro fato que me deixou saudosista, acompanhando o clima da nova novela. Minha cidade já não tem uma feira tão empolgante, com movimentos dominicais frenéticos e desfiles de carrinhos de duas rodas, como tinha na minha época de infância.          

 Não sei se a minha empolgação diminuiu ou se os hipermercados e suas feirinhas venceram a batalha mercadológica. Há ainda alguns pontos que tentam sobreviver em meios aos gingantes do capital. Mas até quando?

É isso.

Dir


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Independência intelectual - por uma ação pedagógica mais crítica




           

Independência intelectual - por uma ação pedagógica mais crítica

            Muitas vezes tenho acompanhado debates calorosos de vários especialistas sobre a realidade educacional brasileira. Cada um, seguindo suas correntes teóricas, tem pregado suas crenças para uma nova pedagogia que, muitas vezes, podem ser confundidas como panaceia para as instituições escolares.
            Pior do que isso é quando, professores coordenadores pedagógicos, supervisores, diretoria de ensino e até mesmo as secretarias de ensino acreditam que a panaceia existe e que as teorias, dos renomados estudiosos espalhados pelo mundo, são a solução para os problemas educacionais brasileiros.
            Em volta dos índices baixos da educação relatados pelas últimas avaliações externas - SARESP, SAEB E ENEM - percebe-se que o caminho defendido não tem dado muitos resultados positivos. E isso está a banho-maria desde o descobrimento de nosso país, desde a educação inaciana, passando pelo acordo MEC/USAID até as teorias que se tornaram métodos pedagógicos por causa de alguns espertalhões.
            Mas o que não tem acontecido, e que, talvez, poderia ajudar, e muito, numa elaboração de novos métodos pedagógicos, foi ouvir as vozes internas de cada instituições. Para isso, necessário é que possibilite a democracia no processo educacional (pressuposto carregado e defendido desde 1960 com os protótipos das LDBs), autonomia e pensamento crítico.
            A democracia na instituição educacional ainda será uma realidade a ser alcançada por um processo muito longo de debates, lutas, derrotas e conquistas, já que vivemos numa sociedade temerosa pela democracia. Não sabemos o que fazer com ela e, por isso, os que podem nos conceder esse vislumbre, evitam em nos atemorizar.
            A autonomia, num estado de direito, confundidos por deveres, numa sociedade amoral que acredita ainda na moralidade e que não tem noção da ética, precisa ser muito bem discutida e fundamentada.
            Já o pensamento crítico, que é a liberdade de pensar de forma autônoma, fundamentando as razões individuais e/ou coletivas até então construídas pelo sujeito, longe do alcance da maioria dos educadores produz um status de animosidade que, beirando ao ridículo, permite o estabelecimento do status quo.
            Creio que a educação só poderá mudar quando os professores tiverem a possibilidade de pensarem criticamente. Tiverem autonomia de pensamento e exercerem essa habilidade em prol da coletividade educacional. Não digo que os professores não pensam criticamente, mas submetidos a um cotidiano totalmente alienante e burocratizado, o pensamento crítico torna-se refém das amenidades e determinações superiores, esses que têm pensamentos em números como se gerissem empresas caçadoras de lucros.
            Para quem não compreendeu a defesa proposta por minha prolixidade, resumo em tópicos:

* Os educadores precisam começar a utilizar sua habilidade crítica para pensar a educação em que vivem,
* Pensando criticamente podem exercer a autonomia tão necessária para o desenvolvimento de cada instituição,
* Criando autonomia, transmitem autonomia e com isso proporcionam a democracia tão necessária para o modelo de educação proposto pela LDB/1996.

            E só assim, possibilitando esses primeiros passos, deixamos de ser reféns de modismos e estrangeirismo, entendendo nossa realidade e inovando em prol de uma educação mais efetiva.
É isso.

Valdir dos Santos Lopes
Formado em Letras
Graduando em Pedagogia pela UNESP/Univesp
Psicopedagogo – clínico e institucional

CRÔNICAS PARA LER NA ESCOLA - IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO





Crônicas para ler na escola - Ignácio de Loyola Brandão
Autor: Ignácio de Loyola Brandão
Organização: Regina Zilberman
Editora: Objetiva
 Rio de Janeiro 2ªed., 2010
CRÔNICAS


            As crônicas têm o poder de congelar os momentos corriqueiros para que possamos, com mais cuidado, apreciar coisas que não mais percebemos ou, por causa do cotidiano cada vez mais alienante, deixamos de valorizar. Um bom exemplo é um bom banho de chuva.
            Homem feliz na chuva” é um exemplo de desejo que muitos não têm coragem de satisfazer. Loyola narra a libertação de nossa infante alma contra as opressões de nossas circunstâncias. O mesmo ocorre em “A sala dos livros mortos” onde a funcionária de uma biblioteca resgata, um por um, os confinados a uma prisão doentia perpetrada pela burocracia.
            Quase um diálogo com o leitor, os escritos de Ignácio de Loyola Brandão são um convite para adentramos nas profundas percepções do escritor, suas reflexões e descobertas. A confusa jornada da “Menina que queria visitar a tia” e não sabia ao certo para onde ir e para onde voltar ou o homem que dava “Marteladas na cabeça”, na cidade de São José de Rio Preto, só para sentir o alívio que sentia quando as marteladas cessavam.
            O prazer em ler narrativas desse teor está na constatação de nossa fragilidade humana, próximas de nossa realidade angustiante e torturadora por causa de nossas ansiedades, medos, receios (Vestibular. Que Canseira!), vícios e manias (Uma academia na madrugada), curiosidade ou invenções (O raro besouro que abre portas) e em nossas demências (A velha que odiava os raios).
Todos reunidos numa bem feita organização elaborada por Regina Zilberman, estudiosa sobre literatura, muito respeitada nos círculos acadêmicos.

“E se o se se concretizasse” p. 78 – Crônica: Vestibular. Que canseira!

Valdir dos Santos Lopes
Professor de Literatura

quinta-feira, 21 de março de 2013

O MAIS CORAJOSO DOS ATOS



“O mais corajoso dos atos ainda é pensar com a própria cabeça.” - Gabrielle Bonheur “Coco” Chanel
 

terça-feira, 5 de março de 2013

TI AMU



TI AMU
 

Digo "eu a amo"
Muito caro
Como dizer "amo-lhe"
Muito gasto.
Por você,
Pra você,
Somente com você sou mais romântico,
A você, digo
"Te amo".

A FELICIDADE NUNCA PLENA



A FELICIDADE NUNCA PLENA

A felicidade nunca plena
Frágil Pequena
Tênue e delicada
Como bolha de sabão

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

SE EU LHE DER UMA FLOR?

A você que fez hoje meu coração reviver

SE EU LHE DER UMA FLOR?
Se eu pensar em você
Jura que se transfigurará em minha face?
Deixará de ser ausência?
Me fará sentir mais eu?

Se eu só pensar em você
Jura que será meu objeto de sonho?
Verá como me recomponho
da dor de quem me fez morrer?

Se eu só pensar em você
Jura que se fará eterna?
E mesmo eu aqui dentro dessa caverna
fará me resplandecer?

Se eu pensar em você
dar-me-á uma nova vida,
mostrando-me que apesar da sina
não me é o único objetivo, morrer?

E se eu lhe disser que a amo?
E se eu lhe disser que me encanta?
Que lhe vi por instante e a conheci de outras vidas?
S'eu lhe disser que é linda?
S'eu lhe der uma flor?

DIR LOPES

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

SOMBRAS



Acabei de jantar e ando meio angustiado. Acabei de lavar a louça e vi uma estrela cadente, caindo finamente pelo céu escuro. Até seu fogo apagar, evaporar, deixar de existir.
Tenho medo dos meus sentimentos. Muitas vezes eles tentam dizer algo para mim e eu não entendo. Sei que não me esforço o suficiente para compreender a língua deles. Eu deveria estudar mais. Ando tendo muitos pesadelos, ouvindo barulhos que não existem em meu quarto, o lençol sendo puxado para debaixo da minha cama, levando meu corpo junto e eu sem forças para gritar. Sempre quando acontece isso lembro que não falo, que não tenho vozes. Lembro-me primeiro em chamar pela minha mãe e depois me lembro que sou mudo.
Também sou perseguido por sombras. Em todos os momentos solitários de minha vida sou sobressaltado por um movimento escuso. Tento firmar meus olhos e não consigo ver. Sei que algo passou por aquele canto e foi tão rápido que não consegui registrar o que era. Sombras me perseguem e isso está se tornando corriqueiro.
Quais serão as mensagens que preciso compreender? Será realmente que eu não consigo ler? Estou ficando doido? Mas eu já sou esquizofrênico, não sou? Temo pela minha família, não por mim. Não tenho medo de ir. Tenho medo de ficar. Ficar é mais doloroso. Não quero ver ninguém partir. E nisso eu realmente sou egoísta. Eu não quero ficar.
Não temo o sofrimento, se o sofrimento me levar de imediato. Mas não é esse o objetivo de todos os sofrimentos. Eles são sádicos e procuram provocar dor de forma mínima e contínua.
Os fantasmas continuam me perseguindo. Há sombras em minha casa, apesar de não ouvi-las mais. Será que além de mudo agora sou surdo? Tenho medo. Não por mim. Mas tenho medo.

PETER PARKER E TIO BEN



Momento em que Peter Parker e Tio Ben tem uma conversinha sobre escola, em Ultimate Spiderman 01. Achei tão bacana que não pude perder a oportunidade de dialogar com Santo Agostinho.

O PALHAÇO

EU JÁ DEI RISADA DE UM MONTE DE GENTE, SEM SABER QUE O PALHAÇO SEMPRE FORA EU

Chove chuva sobre mim



Pai, pai Senhor. Chove chuva sobre mim.

Salve a minha Terra 


E renove esse jardim


....

(Eh.. Eh Oh... Povo marcado, povo feliz)

Acredite quem quiser - Zé Ramalho (1987)

DEIXE QUE PENSE, QUE FALE


Deixe que pense, que fale


Deixe isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem

Eu não estou fazendo nada e você também

Faz mal bater um papo assim gostoso com alguém?

Jair Rodrigues.

domingo, 13 de janeiro de 2013

HOMEM DE FERRO NOIR


HOMEM DE FERRO NOIR
SCOOT SNYDER E MANUEL GARCIA
PANINI BOOKS, 2012
BARUERI - SÃO PAULO

            Comprei com desconfiança ao olhar na capa um Homem de Ferro diferente da imagem que sempre carreguei da infância. Ainda mais o termo NOIR. O termo eu já havia lido em algum curso de literatura norte-americana, mas até então não fui motivado a entender profundamente o que significava.




            Então li a história de Tony Stark, na efervescente era americana de 30. O grande homem das edições MARVEL – As aventuras dos Grandes Homens. Em sua última aventura à busca de uma Máscara de Jade, Stark perde seu cronista Virgil Munsey, assassinado pelo Barão Strucker e seu grupo nazista.

            O grupo além do cientista da morte, Dr. Heinrich Zemo, tinha a bela e perigosa Dra. Gialetta Nefária, infiltrada na missão de Stark, que logo se mostraria e roubaria a Máscara.

          
  A aventura não para quando Tony descobre uma pesquisa feita pela traidora, sobre a mítica cidade de Atlântida. Nessa jornada, o leitor tem a oportunidade de seguir Tony Stark, seu fiel amigo James Rhodes e ao lado da bela Pepper Potts, nova cronista da Marvel, em busca da cidade naufragada e seu principal tesouro.

           
O elemento noir acrescenta ao perfil de Stark a tradicional displicência do herói. A teimosia peculiar do personagem somado a sua figura sedutora dá ao trabalho de Snyder e Garcia um valor impar. Matéria de colecionador.

O grande presente é o roteiro elaborado por Snyder do primeiro número da encadernação. Neste documento, acompanhando as indicações nas páginas, podemos compreender melhor a feitura do HQ, como a preocupação em dar um caráter noir á obra.

 Invejável peça para uma digna coleção de colecionador.

           

sábado, 12 de janeiro de 2013

MULHER-GATO – (JEPH LOEB, TIM SALE)


MULHER-GATO – (JEPH LOEB, TIM SALE)
Editora Panini Books, 2012
Barueri, São Paulo.


            Quem é fã de Batman não pode deixar de admitir que Selina Kyle é um atrativo a mais na história desse grande e obscuro detetive dos quadrinhos. Pois hoje tive o prazer de me deliciar com uma edição de luxo. Um grande presente para mim quando comprei “Mulher-Gato: cidade eterna, da editora Panini Books, 2012.




            Primeiro tenho que falar do desenho, já que é algo que me chama a atenção num HQ. As qualidades de Tim Sale são inúmeras e isso é atestado pelo presentinho final da obra.   No “Esboços” um breve comentário das linhas mágicas produzidas. Um sabor a mais. Dá vontade de saber desenhar. Ainda falando do desenho devo elogiar a desenvoltura, com o claro e escuro tão essencial no mundo fantástico de Batman. Os contornos primorosos não têm a pretensão de ser fiel a realidade e não deve nada aos clássicos dos melhores riscos dos quadrinhos.

            Já Dave Stewart contribuiu maravilhosamente com suas cores mágicas. Junto com Sale produziram páginas primorosas. Na página 19, por exemplo, com a presença do rancoroso Harvey, sinto até as espessuras da pincelada no tradicional uniforme de Duas Caras. Os destaques de página inteira são uns dos pontos que mais me agradaram. E nesse ínterim devo parabenizar Sale e Stewart. Para um fã de HQs como eu, desejar essas páginas como pôster é o mínimo. As páginas que descrevo abaixo são as que me apaixonaram: 
As páginas 19 com o Duas Caras, 23 com o Rosto da espantada Selina, 37 com a Mulher-Gato correndo no telhado, a 80 com a presença da Mulher-Leopardo (grande amiga-inimiga da Mulher Maravilha) e a página 112 com uma fabulosa lua abrilhantando a presença da Mulher-Gato no telhado.


            Por fim, o fabuloso roteiro nas mãos de Jeph Loeb que respeitou o mundo mágico do maior detetive dos quadrinhos. A busca de Selina em Roma permeada por mortes e atentados misteriosos convida o leitor a todo o momento reconstruir os fatos em busca de claridade. Além de merecer estar no rol da literatura chamada policial, possui poeticidade frequentemente encontrada no discurso da Mulher-Gato:

“O que você sabe sobre mulheres caberia num dedal... e haveria espaço suficiente pro seu cérebro.” – Selina Kyle (Mulher-Gato)


            E o humor sempre característico no falar insano de Nigma (O Charada, que perde muito para o grande vilão piadista do universo do Morcego, Coringa):

“Pergunta: Quem é o idiota agora?” – Nigma (O Charada)


            Infelizmente tenho que destacar um ponto negativo, pois havia uma necessidade imperiosa de entender o dialeto italiano para desfrutar completamente da obra. Falha da NT (Nota do Tradutor). Poderiam ser mais caridosos com quem não está a fim de aprender a língua da máfia e deixar um quadradinho no fim da página traduzindo aquilo que os carcamanos gritavam.

            No geral, meu livro ficará guardado no saquinho original para não pegar pó. Coisa de fã, de colecionador ou de doido mesmo, coisa que nunca neguei em ser.

TALVEZ



Agora estou curtindo Janis Joplin e uma skolzinha. Um sábado gostoso me acordou. Espantou o calor de outrora. Em meio a sonhos de amigos da infância, poderes mentais para previsão do passado, acordei com preguiça, sabendo que ainda tinha um compromisso. Aula particular. Estou ajudando o filho de grandes amigos meus. Problema com alfabetização. Voltei a pé pensando que primeiro eu tenho que me valorizar muito para depois as pessoas me valorizarem. Sempre tive problema com autoestima. E devo sanar isso. Esse é meu objetivo esse ano.

E embalado pela canção Maybe, de Joplin, talvez eu descubra coisas em mim que nunca havia percebido. Talvez sejam maravilhosas. Talvez sejam empecilhos, no entanto, preciso me redescobrir. Mesmo quando me escondo.

Eu não deveria parar de escrever. Eu escrevo tão bem. Mas tenho medo. Tenho medo da escrita. Muitas pessoas têm. Nas escritas são revelados grandes segredos. Alguém um dia poderá usar todos os meus segredos contra mim. No entanto, seria hipocrisia comigo mesmo, um escritor, esconder minha escrita do mundo. Pior é esconder a mim de mim mesmo. 

Tenho saudade de um corpo no meu corpo. Carícias e afagos. Tenho saudades de uma namorada, uma amante, uma mulher. Alguém que esteja do outro lado da cama quando eu acordar. Alguém que me diga o quanto sou especial, o quanto sou necessário ou essencial. Alguém que me faça ovos fritos ou mousse de limão. Alguém que me rouba os encantos por meio de sorrisos, alguém que aperte as pequenas mãos em minhas mãos buscando conforto ou segurança.
Tenho saudades. E ter saudades deve ser natural, não?


Receita de Mousse de Limão






Um almoço entre família é muito bom principalmente quando tem a família inteira reunida e quando isso acontece sempre tem que ter um bom almoço e para completar esse dia maravilhoso uma boa sobremesa é uma excelente ideia! Quando falamos de sobremesas vem varias ideias, mas se você esta querendo fazer algo fácil temos uma boa dica que com certeza todos que estarão em sua casa irá gosta.

Mousse de Limão

O mousse de limão é um bom doce que você pode preparar em sua casa rapidamente utilizando poucos ingredientes e fazendo um doce que muitas pessoas gostam, assim você irá fazer todos felizes com o doce que você irá preparar. Para fazer esse doce você não irá demorar muito e como já dissemos a cima os ingredientes são poucos, assim se você foi pega um pouco desprevenida pode preparar esse doce para suas visitas facilmente.


Ingredientes

Agora vamos para os ingredientes que você irá precisar para fazer esse delicioso doce, então segue a lista:

1 lata de creme de leite
1 lata de leite condensando
1/2 xícara de suco de limão (puro)

Com apenas esses ingredientes você consegue fazer seu mousse de limão, ou seja, são ingredientes que geralmente você tem em sua casa, basta abrir o armário, separar os mesmos e começar a preparar o doce!

Modo de Preparo

Vamos agora começar a etapa do modo de preparo que requer atenção, mas mesmo assim não é algo muito complicado de se preparar, então vamos aos passos para preparar essa delicia.

Primeiramente você irá colocar em um liquidificador o creme de leite junto com o soro e também o leite condensado, bata um pouco esses ingredientes e então vá acrescentando o suco de limão aos poucos, fazendo isso ele irá ficar consistente e pronto! Como dissemos para preparar esse doce é bem simples, você consegue fazer rapidamente, então agora é tentar fazer o doce e servir para suas visitas, para decorar coloque raspas da casca do limão por cima, fica muito bonito. Boa apetite!