sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ESTUDAR I


Dir – valdirfilosofia@hotmail.com


NOS ÚLTIMOS ARTIGOS
         Olá. Durante esse tempo na coluna DIR COM EDUCAÇÃO, conversamos sobre alguns temas educacionais como diferença entre Educador e Professor, a não unanimidade dos posicionamentos educacionais, a educação na creche entre outros.
        
         Hoje quero direcionar nossa reflexão aos que têm dificuldades com leitura e escrita e precisam dessa habilidade para prestar concursos e vestibulares. Como já disse outra vez, essas habilidades são necessárias, mas não somente para os vestibulares ou concurso. Em todas as relações sociais que estabelecemos necessitam dessas habilidades. Por isso, convido para participar dessa trilha.

LER PARA ESCREVER
        
Já não é novidade para muita gente que para escrever umbom texto é preciso uma pitada, até generosa, de boas leituras. Até porque não se escreve aquilo que não se sabe ou não tem informações. Não se cria do nada.


         Mais importante ainda, para quem vai prestar vestibular ou concursos, é também ter senso crítico. E o que seria isso?

         Senso crítico é a atitude humana de conseguir compreender, ao analisar, e produzir opinião sobre uma matéria, sobre um texto, sobre uma leitura.

         Alguns pesquisadores têm divididos o processo de leitura em duas etapas. Leitura Superficial e Profunda.

LEITURA SUPERFICIAL

         A leitura superficial é aquela primeira leitura que você faz de um texto, conhecendo primeiramente o assuntoe o posicionamento do autor, percebendo os exemplos e os argumentos usados. Medindo a extensão do texto, afacilidade ou dificuldade, identificando termosdesconhecidos etc.

         Eu em minha prática leitora costumo fazer duas Leituras superficiais de textos acadêmicos (filosóficos e científicos), literário não contemporâneo e uma leitura superficial de textos jornalísticos, crônicas e textos literários contemporâneos, por exemplo.

         Ao identificar o assunto escrevo num papel à parte.
        
Por exemplo:
“Assunto do artigo do Dir: Níveis de Leitura”.

Cuidado. Há textos que você poderá encontrar mais de um assunto. Isso fica para outro momento, ok?

         Ao identificar o assunto, posso já entender qual o posicionamento do autor, o que indica. Se você se sentir motivado a escrever, produza algumas linhas sobre o que você sabe do tema. Se o assunto é sobre futebol, descreva o time que você gosta, o que você critica a respeito das regras ou posicionamentos de alguns profissionais. Já é um bom exercício, não acha?

         O importante também nessa leitura é identificar palavras desconhecidas. Em um papel escreva as palavras que você precisa procurar no dicionário ou pesquisar sobre ela em outros livros.

Por exemplo:
Posicionamento (5º parágrafo, segunda linha) –
Quando o livro é meu, eu tenho hábito de sublinhar em vermelho para depois, na leitura profunda, buscar o significado.

         A respeito da extensão do texto, se esse for muito grande, você poderá se preparar para uma leitura profunda dividindo os textos em partes menores para tentar compreendê-lo. Pode usar os capítulos ou parágrafos presentes no texto ou fazer sua própria divisão. Assim terá condições de, na Leitura Profunda, não tornar sua análise tão complexa a ponto de se perder em sua leitura.

NO PRÓXIMO ARTIGO
         Falaremos sobre Leitura Profunda e algumas dicas para interpretação e análise crítica. Até parece um trabalho muito árduo a leitura, não acha? Mas não é bem assim, quando pegar hábito, experiência, todos esses passos serão tão naturais que você nem perceberá. A tendência é o desaparecimento da fadiga e o aparecimento do prazer em ler. Se você tiver coragem de enfrentar os primeiros obstáculos, verá que depois, com o tempo, as leituras tendem ser mais fáceis.

É isso.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

As águas de agosto


As águas de agosto


DIR | valdirfilosofia@hotmail.com

         Esse mês inicia o segundo semestre dos estudantes. Desde a educação infantil ao superior. O mais importante é ter em mente que o início do semestre nos traz o fim do ano e quem estiver com pendências no aprendizado deve pegar firme. Ressalto a responsabilidade de toda comunidade educacional com o sucesso da aprendizagem. Quando nos preocupamos com o desempenho dos alunos de nossa comunidade, buscamos maneiras para efetivar o aprendizado de cada um, pensando no desenvolvimento da sociedade. Para isso, temos provas anuais externas que nos ajudam a compreender o perfil de nossos sistemas educacionais. No caso do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), você pode acompanhar o perfil educacional de sua cidade por meio do site do Portal IDEB.

PORTAL IDEB

Por meio do link http://www.portalideb.com.br/ você tem acesso à página do portal IDEB. Escolha o município que queira pesquisar (no lugar indicado pela seta vermelha abaixo):







Em seguida, o site mostra a VISÃO GERAL DO MUNICÍPIO, com o gráfico indicando a linha cinza, referente à meta, e a linha verde, referente ao resultado obtido.


Há possibilidade de verificar não só o ano corrente, mas outros anos apontando os índices obtidos pelo município.


A possibilidade de verificar o desempenho individual de cada escola do município,

Como também fazer comparações com todas as escolas.

VESTIBULAR
         Para os alunos que pretendem prestar vestibular, a temporada começou e as principais faculdades do país já têm o processo de ingresso datado. A dica mais importante é não entrar em desespero. Principalmente aqueles que não foram tão disciplinados no planejamento e execução dos estudos. O bacana é manter focado e aprender o que puder com máxima qualidade. A habilidade de interpretação, raciocínio lógico e produção textual devem ser prioridades em vez do tradicional decoreba. De forma mais atenta podemos perceber que os vestibulares estão mudando seus perfis e, junto com o Enem, a valorização das habilidades citadas é primordial.

ESCREVER E LER
         A leitura e escrita são fundamentais para todo estudante. E não adianta dizer que essa habilidade é só para quem escolher as áreas de Humanas. No vestibular quem não tem hábito de leitura e escrita vai ficar para traz. Ler, principalmente as notícias contemporâneas e as produções literárias contribui para reflexão do aluno, trazendo elementos necessários para uma boa redação e interpretação de texto, além de adquirir conhecimentos e dados sobre vários assuntos. E não adianta dizer que você sabe português e, por isso, não vai se dedicar tanto à matéria. Infelizmente ouvi muitos amigos dizerem isso e depois perceberem que deveriam dar mais atenção à língua pátria.

ENEM.
Apesar das polêmicas que o Enem vem produzindo nos últimos anos, ainda é um importante instrumento para aferir conhecimento individual. Ajudando ou não a ingressar em uma faculdade, você terá condição de perceber se seu planejamento e execução de estudos foram satisfatórios ou não. Acredito que o modelo dessa avaliação preza por demais pelas habilidades de leitura e escrita.

É isso.

NEGROS AFRO-DESCENDENTES AFRO-BRASILEIROS


Originalmente publicado em 13 de agosto de 2012
Texto revisto em 29 de agosto de 2012 para essa publicação

DIR | valdirfilosofia@hotmail.com

         Depois de mais uma aula sobre escravidão, negro, preconceito, racismo e direitos dos negros afro-descendentes afro-brasileiros, depois de toda sala de cútis clara falar do que sente ou não sente um negro afro-descendente afro-brasileiro, depois deles se posicionarem contra ou a favor da cota universitária para negro afro-descendente afro-brasileiro e do orientador citar a cor de um aluno negro afro-descendente afro-brasileiro ausente na aula, percebi que tenho poderes sobre humanos.

         Sou invisível.

         Creio que poderão julgar que sou visivelmente sensível ao fato de ter a tez preta. E que por causa desse meu melindre, e somente por causa disso, senti desconforto, incomodo, chateação ou infelicidade.

         L. (aquele monstro) tinha o hábito de caçoar de minha não-sei-o-quê fragilidade. Dizia que detestava minha autopiedade. Mas é que ninguém me perguntou o que eu sentia já que era o único negro afro-descendente afro-brasileiro presente. Talvez por pudor, deles e meu. Deixamos silencioso o canal comunicativo. Nesse dia interessava-me cruzadinha, para fugir daquele estado de desconforto. Talvez fosse melhor assim. Talvez L. tivesse razão. Talvez seja nóia. Talvez escuto demais Legião.

         A colega ao lado, ao me ver com cruzadinha, disse: “Que feio!”. E pensei que feio mesmo era o que eu estava presenciando e sentindo.

         Em busca da identidade acabei me perdendo. Por que tenho que ser o “negro”? O que é “negro”? O que é ser “negro? Por que tenho que ser afro-descendente? O que é ser afro-descendente?

         Chama, alguém, minha madrinha de euro-descendente porque é loura de cútis alva? Existe américo-descendente? São todos iguais os ásio-descendentes?

         Por que afro-brasileiro? Existe afro-paraguaio, afro-argentino ou afro-francês? Que tal um afro-estadudinense?

         Até então, o que passa na minha cabeça é que sou brasileiro como tantos que tem a pele mais clara ou mais escura. Talvez sejam as formas arredondadas na minha narina ou no excesso de carne nos meus lábios. Pode ser minhas coxas ou ancas protuberantes. Por fim, sei que posso encontrar essas características em pessoas de tez claras e nem por isso são classificadas como negras, afro-descendentes ou afro-brasileiras.

         Quem sabe a lógica não esteja na junção de todas essas características e a pele escura? E aí se assoma dados verificáveis de números presentes no DNA de cada indivíduo dissecando-o no projeto genoma para justificar a presença da África em mim.

         Quando nasci era bebê, meu bebê. Depois meu filho, sobrinho, colega, amigo, aluno, professor, eleitor, empregado, consumidor, paciente. Além de ter sido nomes, números, letras, códigos até chegar a ser cor.

         É essa bestagem da gente classificar para dominar

         Eu só queria ser respeitado porque sou. Como uma simples planta é. Como o Sol é. Como o planeta é. Como o verme é. Não precisamos de predicativos, títulos ou funções.

         Ainda acho que ser reconhecido como brasileiro já é suficiente, mas como a organização mundial social é sempre dividida de vários dizeres, teorias, filosofia... Esse complexo mundo da mente que deveria ser simples.

         A gente não sabe lidar com as diferenças. Então que eu seja ser humano, já que todos os seres humanos devem ser respeitados como tal. Ou no mínimo como ser vivo e deixem-me viver.

Porque eu apenas sou.

É isso.

SER EDUCADO É DIZER O QUE SE DEVE DIZER – primeiro ato de revolta


Originalmente publicado em 6 de agosto de 2012Texto revisado em 29 de agosto de 2012 para essa publicação

valdirfilosofia@hotmail.com


NO ARTIGO ANTERIOR

No artigo anterior permitimo-nos a refletir que:
  1. O Pensamento Educacional não é unanimidade.
  2. Ser Educador pressupõe algo além de ser professor.
  3. É problemático ser “Tia” em creche quando a comunidade em seu entorno não reconhece o trabalho educativo das “Tias” da Creche.
  4. Os pais têm por obrigação de participar do processo formativo e educativo dos filhos, direito desses.

E POR FALAR EM DIREITO

Na Constituição Federal de 1988, a Carta vigente, em seu artigo 5º diz serem todos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. Eis o princípio da isonomia.
Há exemplos ótimos para refletir.
1.    Se eu chego atrasado para realizar o vestibular e sou impedido de entrar, por que o outro, na mesma situação, pode entrar?
2.    Se chego atrasado para realizar o vestibular, por que posso entrar, mesmo sabendo das regras e quem está lá se esforçou por chegar na hora?
3.    Por que o juiz pode aceitar minha inscrição se eu não a fiz no tempo certo enquanto de outros ele não aceita?
Vocês já ouviram esse negócio de um peso e duas medidas? Pois é, existe muito isso ainda em nossa sociedade brasileira. Há muitos brasileiros e autoridades brasileiras desrespeitando esse artigo da constituição.
 Agora eu pergunto:
Quem desobedece à lei não deve ser preso? Ou receber punição?
Oras bolas,
  1. Se uma criança tem direito a vaga em creche, por que a minha não tem? De quem é responsabilidade nesse caso? Quem está desobedecendo a lei?

Cabe a todos nós prezarmos pela observância das leis, principalmente a que está transcrita no artigo 5º da Constituição Federal de 1988. Pedir punição a quem deve, compreender quando não podemos assumir um direito quando desrespeitamos suas regras. Conhecer e aplicar isso é ser educado. Isso é Educação.

O PRINCÍPIO DA ISONOMIA
Mas se diz que o PRINCÍPIO DA ISONOMIA rege a lei para os iguais, será que em nossa sociedade somos todos iguais? Bem, na lei, sugere-se que todos os brasileiros e estrangeiros residentes no país são iguais perante a lei, na sociedade, NA PRÁTICA, parece que as coisas não são bem assim.
É que alguns acreditam ter mais direito do que outros porque reconhecem que não são iguais a outro:
  1. O professor reconhece que não é igual ao aluno (E se acha superior)
  2. O diretor reconhece que não é igual ao professor (E se vê superior)
  3. O secretário de educação reconhece que não é igual ao diretor (E se proclama superior)
  4. O prefeito reconhece que não é igual ao secretário de educação (E executa-se como superior)

E nessa dança das cadeiras todos se esquecem de despir dos títulos e lembrar a condição de igualdade proposta na lei. Somos iguais na lei e na sociedade (devia ser) porque somos seres humanos e participantes igualmente da elaboração da mesma lei.

SE LEMBRARMOS DE CRISTO

“Se alguém quer ser o primeiro, seja o último e o servo de todos”. (Mc 9, 30-37)
Poderemos pensar diferente e, a meu ver, da forma mais correta.
  1. O prefeito serve o secretário, pois foi o secretário quem votou nele. (nós também.).
  2. O secretário serve ao diretor, porque o diretor é quem mantém a obrigação do secretário em ordem (nós também).
  3. O diretor serve ao professor, porque é o professor quem executa o que o diretor espera (nós também).
  4. O professor serve aos alunos, porque sem esses últimos não existia professor.


Essa relação dá pra fazer com pais e filhos, patrão e empregado, marido e esposa e quantas relações você, querido leitor, possa querer fazer.

REVOLTA
Caro leitor, pode perceber em minha escrita hoje a revolta que desfila em minhas palavras, nas entrelinhas e nos não-ditos. Minha revolta é ver como a injustiça impera nas relações humanas contemporâneas. E isso pra mim não é educação.
É isso.


Referências
Canto da Paz.
Princípio da Isonomia
Constituição da República
Entre Educador e Professor
RECANTO DAS LETRAS
Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3815531

Entre Educador e Professor



Originalmente publicado em 30 de julho de 2012Texto revisado em 29 de agosto de 2012 para essa publicação

 DIR | valdirfilosofia@hotmail.com

HUMILDADE EM PENSAR

Olá! No último artigo, após devidas apresentações, pincelei sobre alguns temas e autores que estudo. Paulo Freire e Miguel Gonzalez Arroyo apesar da popularidade no meio educacional não são unanimidades. O pensamento educacional também não é, por isso encontramos diferentes meios de entender o processo educativo e, dessa forma, há distintas maneiras de agir em relação a isso. O importante, além da rigorosidade na produção de pensamento, é a flexibilidade para ouvir o pensamento do próximo.

PROFESSOR E EDUCADOR


Um educador tem uma dimensão mais ampla do que um professor. Um educador pode ser professor, mas nem todo professor é um educador. Você, leitor, não sendo professor, é educador toda vez que permite a si e ao próximo possibilidades de compreensão da sua realidade e, assim, permitindo a mudança. O professor é quem transmite certos códigos de uma determinada ciência e, atendo-se a ela, será somente um professor. No entanto, torna-se educador quando vai além.

EDUCAÇÃO EM CASA

Para exemplificar melhor a ideia defendida. Um pai pode dar ao filho todos os passos para abrir, desmontar, conhecer peças e funções e montar novamente fazendo com que o computador funcione melhor do que antes. Dessa forma o pai exerce a função de professor. Sendo o mesmo pai solícito em explicar ao filho os perigos iminentes do uso da internet, como as inversões de valores impregnadas em alguns sites, dando possibilidade ao filho de refletir qual melhor caminho a seguir, torna-se um educador. Tenho firme comigo que ninguém tem a obrigação de ser professor, porém não penso o mesmo em relação a ser educador. Mas é claro que não podemos encerrar essa discussão por aqui. Haverá mais espaços para ampliarmos esse debate.

ENTRE TIA E PROFESSORA

A discussão anterior serve de introdução ao que gostaria de refletir aqui. Após meu estágio na creche CEIM Renascer, onde fui muito bem recebido e tratado com todo respeito pela equipe, ficou-me a questão de ser “Tia” ou ser “Professora”. É claro que todas as crianças chamam suas professoras de tias. E não serei o lobo mau com dedo em riste que fará mudar isso. Até porque já faz parte da cultura das creches brasileiras.

O que me incomoda de fato é saber se a sociedade, a comunidade escolar em torno e que utiliza esses serviços, reconhece nos profissionais o valor educativo, como reais educadores e não somente tias ou tios. Sendo mais claro. Será que hoje em dia, os pais deixam as crianças nas creches para as “tias” cuidarem somente ou para as educadoras contribuírem com a formação educacional da meninada? Vale a pena pensar nisso. Ler o livro “Professora sim, Tia não” de Paulo Freire contribui muito para discussão. Claro está, dependendo da interpretação que for encaminhada.

VOLTA ÀS AULAS

A turminha está de volta à sala de aula. O segundo semestre escolar traz muitas obrigações. Peço aos pais que enviem seus filhos não com a sensação de que agora poderão ter mais tranqüilidades, pois os pimpolhos terão o que fazer. Por incrível que pareça há muitos que pensam assim. Mas tenham suas presenças constantes na avaliação dos aprendizados dos seus filhos. Pois estão indo para escola para aprenderem e transmitirem conhecimentos. Acompanhem, ajudem nos estudos, conversem com eles, com os professores, diretores, coordenadores pedagógicos, psicopedagogos. Conversem com as educadoras merendeiras, educadoras serventes, educadoras secretárias e educadoras inspetoras. Todos somos responsáveis pela educação dos seus meninos, inclusive vocês, pais e mães.

CONHEÇA UMA GRANDE EDUCADORA


“Bisa Bia, Bisa Bel” é um saboroso livro da educadora escritora Ana Maria Machado. Fala principalmente da relação entre diferentes gerações. Bisneta e Bisavó encontram-se por meio da magia da infância, contanto experiência, vivência, crença, hábito, moda, conhecimento. Aprendendo e ensinando mutuamente, aumentando a espiral do conhecimento humano, perpetuando a existência do homem. Um livro para ser lido para criança de 7 anos pela vovó de 70 ou vice-versa. O importante é manter essa interação familiar.

NA INTERNET


“DONA CRISTINA PERDEU A MEMÓRIA” é outra história agradável. Esse é um excelente curta dirigido por Ana Luiza Azevedo. Tem a duração de 13 minutos e uma boa dica para assistir com seu filho ou filha.

Um sensível encontro entre gerações nos mostra o lado importante da historicidade do homem, que preserva, através da linguagem, seu conhecimento, vivência e aprendizagem. A falta de memória de Dona Cristina cria vários tempos paralelos que, aos poucos, o menino Antonio vai tecendo e reconstituindo a história da grande amiga.

Como propostas pedagógicas o professor em sala de aula poderá trabalhar noções de temporalidade, historicidade, fugacidade, relação entre hoje e ontem, passado e presente, construção do futuro por meio do presente, relação entre sujeitos históricos de tempo e espaços distintos, memória, objetos e sujeitos históricos, ponto de vista de sujeitos históricos, ser humano como sujeito concreto, e não idealizado, da sua temporalidade entre outros temas.
Vale a pena. Você tem acesso a essa película por meio dos links abaixo:
É isso.

FONTE:

·                    ANA MARIA MACHADO – Site oficial: http://www.anamariamachado.com/
·                    BISA BIA, BISA BEL - (Novela) – Ana Maria Machado. Editora Moderna. 3º Edição – São Paulo, SP.

·                    PORTAL CURTAS: http://portacurtas.org.br/Default.aspx
·                    PROFESSORA SIM, TIA NÃO – Cartas a quem ousa ensinar - Paulo Freire - editora OLHO DÀGUA, 1997.
·                    PSICOPEDAGOGIA – Blog do professor Valdir Lopes: http://cavernavaldirlopes.blogspot.com.br/

PEÇO LICENÇA E VOU ENTRANDO!


Publicação original em 23 de julho de 2012
Revisado em 29 de agosto de 2012 para essa publicação




DIR

“Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender”
                   ÍNDIOS – Renato Russo.

         Olá. Não posso esconder o contentamento de poder discutir, nesse espaço, um tema que é muito caro para mim. Falar de “Educação” não é uma tarefa muito fácil. Falar desse tema é problemático porque corremos o risco de ser superficiais ou complexos demais.
         A superficialidade não é perdoada por quem trabalha e entende do assunto, mas a complexidade afasta a ampliação de leitores e debatedores. No entanto aludir à consciência e tratar da forma mais natural possível contribui para que o assunto transcorra sem muitos alardes. Pois bem. Então, já peço licença e vou entrando.
         Paulo Freire em “Professora sim, tia não” – cartas a quem ousa ensinar, publicada em 1997, diz, na página 6, que é necessário o esforço do leitor, tal como do aluno, para permanecer nesse trabalho. Sem eximir o escritor, como o professor, de lidar com essa empresa.
         Perdoem minha lida hermética pensando no bônus que ofereço para o conhecimento de vocês, como também para o meu. E escusem minha simples tentativa de participar desse grande universo.
        
Minhas citações, outra mania, contribuirão ao manter a chama das questões viva. Mas não deverá ser única condição de entendimento.

         Então, no final de cada artigo, teremos indicações de outras leituras que contribuam ou convidam para outras reflexões.
                  Não é difícil para mim, encontrar pontos de discussão sobre a realidade educacional. Até porque estou envolvido nesse processo, já que escolhi ser Educador. E aqui surge então uma distinção que muitos gostam de fazer. Educador é diferente de Professor? O que você acha? Já vou dizendo que também não é simples explicar essa relação.
         Quem diria eu entrar no mérito da questão, depois que pensadores como Paulo Freire (1997, 2002) e Miguel González Arroyo (2011) tão bem expuseram esse tema. Mas sem medo. Vamos entrando e vamos falando.
         No mais, gostaria de pedir, já que nessa altura somos amigos. Ajudem-me com reflexões, comentando e propondo discussões.
         É o que mais preciso, desejo de todo colunista. Renato Russo canta: “Fala demais por não ter nada a dizer.” Usaremos esse princípio, certo? Porque o equilíbrio é realmente atitude elogiável de um pensador, educador, professor. Por extensão, do ser humano.
         Mas só a título de aperitivo. Tenho realizado alguns estudos sobre a Educação Infantil. Em especial os trabalhos realizados em Creches. Com certeza, verá muitas vezes esse tema em nossas conversas.
         Peço licença e vou entrando. A gente se conhece e juntos crescemos. Um dos grandes objetivos da Educação.
         É isso.


Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê

E eu sei que você sabe, quase sem querer

Que eu vejo o mesmo que você.
QUASE SEM QUERER – LEGIÃO URBANA




PARA SABER MAIS
EDUCADOR EM DIÁLOGO COM NOSSO TEMPO - MIGUEL ARROYO. EDITORA AUTÊNTICA, 2011
ÍNDIO - LEGIÃO URBANA. Fonte: http://letras.mus.br/legiao-urbana/92/
PEDAGOGIA DELL' AUTONOMIA – Saperi Necessari per La Pratica Educativa- PAULO FREIRE. Fonte: http://www.letras.ufmg.br/espanhol/pdf/pedagogia_da_autonomia_-_paulofreire.pdf
PROFESSOR VALDIR LOPESvaldirfilosofia@hotmail.com
PROFESSORA SIM, TIA NÃO – Cartas a quem ousa ensinar - Paulo Freire - editora OLHO DÀGUA, 1997.
QUASE SEM QUERER – LEGIÃO URBANA. Fonte: http://letras.mus.br/legiao-urbana/92/#selecoes/46972/

É ... pois É!