terça-feira, 27 de abril de 2010

E por falar em ética



Recebi esse texto por e-mail. Segundo o texto, o colunista Gilberto Dimenstein está unido ao governo Paulista para desqualificar a greve dos professores. Cabe aqui a reflexão e a responsabilidade de cada um verificar se é procedente essas denúncias. O importante ao postar esse e-mail é saber que em todos os momentos da nossa sociedade estamos no limiar de discutir a ética (ou será a moral?)



"Inimigo dos professores recebe verba pública para
desmoralizar a categoria.

Expediente é comum em 'democracias' regida pelo dinheiro e não pela ética ou pela decência.
Mais uma vez torna-se clara a opção de amplos setores da imprensa paulista - Lados definidos.

Professores e Professoras
e amigos da educação

Por favor, coloquem na Sala dos Professores

Como sempre tudo tem uma explicação. vejam abaixo como Gilberto Dimesnstein é recompensado pela sua cruzada contra a greve dos professores e crítico da escola pública.
As relações íntimas de Gilberto Dimenstein



O colunista Gilberto Dimenstein, integrante do conselho editorial da Folha de S.Paulo, virou um inimigo declarado da greve dos professores paulistas. Nos protestos da categoria, faixas contra o jornalista são expostas e os adjetivos desferidos contra ele são impublicáveis. Não é para menos. Nos últimos dias, ele já escreveu três artigos provocadores contrários à paralisação – “uma greve contra o povo”, “vocês desrespeitam os professores” e “professores dão aula de baderna”.

Neste ú ltimo, publicado logo após a brutal repressão da PM de José Serra contra os grevistas, ele exagerou no seu reacionarismo e na distorção dos fatos. “Fico me perguntando como os alunos analisam as imagens de professores desrespeitando a lei e atirando paus e pedras contra a polícia, como vimos na manifestação nos arredores do Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo – afinal, supostamente são os professores que, em sala de aula, devem zelar pela disciplina”.

Serra, Kassab e a ética jornalística

Metido a especialista em educação, Dimenstein sempre desprezou a categoria dos professores, procurando desqualificá-la profissionalmente e responsabilizando-a pela precariedade do ensino. Neoliberal convicto, ele é adepto da chamada meritocracia, que rebaixa o papel do poder público e exacerba no elogio ao individualismo. No terreno político, o colunista da Folha também nunca escondeu a sua simpatia pelos tucanos. Ficou famoso o seu artigo “Parabéns, Serra”, no qual ele paparica o governador paulista pela concessão de bônus, em detrimento dos reajustes salariais.

Nos últimos anos, Dimenstein também se aproximou do prefeito demo Gilberto Kassab. A organização “não-governamental” Associação Cidade Escola Aprendiz, criada pelo jornalista, firmou várias parcerias com a prefeitura da capital paulista. Esta relação íntima com os demos-tucanos talvez explique porque tanta verborragia contra a greve dos professores e tamanha bondade com Serra e Kassab. O blog Namarianews, famoso por vasculhar as contas públicas, escancarou a sujeira.

R$ 3,7 milhões para o "aprendiz" tucano

Ao pesquisar a “planilha do balanço e prestação de contas do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fumcad)”, ele descobriu alguns contratos firmados entre o prefeito Gilberto Kassab e a Associação Cidade Escola Aprendiz. Eles somam R$ 3,7 milhões dos cofres públicos entregues à ONG fundada por Gilberto Dimenstein. Os dados, retirados do Diário Oficial de 5 de fevereiro de 2009, colocam em xeque a ética e a independência do badalado colunista da Folha:

2006

- Escola na Praça (de 02/05/06 a 01/05/07) – 170 alunos de 04 a 16 anos – R$ 264.446,00;

- Trilhas Urbanas (de 02/05/06 a 01/05/07) – 95 alunos de 15 a 17 anos – R$ 144.510,00;

2007

- Projeto Trilhas na Vida (de 01/03/07 a 01/03/08) – 160 – 14 a 17 anos - R$ 776.566,30;

- Aprendiz das Letras (de 01/07/07 a 29/02/08) – 60 – 04 a 15 anos – R$ 87.594,72;

- Percurso Formativo (de 01/07/07 a 29/02/08) – 70 – 12 a 18 anos – R$ 222.300,00;

2008

- Trilhas na Vida (de 01/04/08 a 31/03/09) – 120 – 14 a 17 anos/11 meses – R$ 848.744,39;

- Aprendiz das Letras (de 01/05/08 31/12/08) – 60 – 04 a 15 anos – R$ 85.610,00;

- Percurso Formativo (de 01/05/08 31/12/08) – 115 – 11 a 18 anos – R$ 369.840,60.

Em outras edições do Diário Oficial da Cidade, o blog ainda descobriu mais alguns projetos aprovados:

- Comunidade Educativa - Escola na Praça – por 12 meses a partir de 02/04/2009 (para 75 adolescentes) - R$ 439.474,17 (DO da Cidade de 26 de março de 2009);

- Formação - Agência de Notícias – por 12 meses a partir do dia 01/04/2009 (para 20 estudantes de 14 a 18 anos) - R$ 108.302,00 (DO da Cidade de 31 de março de 2009);

- Trilhas – por 12 meses a partir de 02/04/2009 (para 60 adolescentes) - R$ 317.834,56 (DO da Cidade de 2 de abril de 2009);

- Já com a Secretaria de Cultura do Estado, a ONG de Dimenstein firmou o contrato 457/2009, de 36 meses para o projeto Escola da Rua - R$ 60.000,00 (DO de 25 de dezembro de 2009).

Comentário final do blog Namarianews: “Total geral (parcial) daquele aprendiz que trata com amor aqueles que o amam: R$ 3.725.222,74”."

ESPETÁCULO DA NATUREZA


fonte da foto:
http://www.time.com/time/picturesoftheweek/0,29409,19839,00.html?xid=newsletter-weekly

Uma imagem linda e assustadora. Estrias de Luzes no céu com fluxos de lava do Vulcão na geleira Eyjafjallajokull, na Islândia.
A erupção sob essa geleira lançou na atmosfera uma coluna de cinzas de 6 quilômetros de altura.
Sua nuvem de cinza atrapalhou o tráfego aéreo em todo o norte da Europa, trazendo transtorno ao mundo todo.
O vulcão, que fica sob a quinta maior geleira islandesa, já teve cinco erupções desde que se assentou no subterrâneo, no século 9.

domingo, 25 de abril de 2010

Nosso espírito de porco


No blog "Querido Leitor", Rosana Hermann comenta a triste mania brasileira de não levar a sério produções de terceiros e, por cima, em subvertê-las de forma acintosa. Em exemplo usado no texto, comenta como os criadores da Wikipedia espantam em ver como os brasileiros têm a disposição de destruir projetos, monumentos, idéias, trabalhos, distorcendo informações, publicando inverdades enquanto os leitores de outras nacionalidades valorizam mais o espaço.
Então cabe a questão de pensarmos qual é a moral que se constrói, ou o sentido moral que está presente na sociedade brasileira.
Acredito que o texto é interessante e fomenta discussões sobre Ética, moral e cidadania.
Que Cidadania temos construído? Quais ações tem contribuído para sustentar o sentido de cidadania e ética presente em nosso país?



NOSSO ESPÍRITO DE PORCO

O segundo hotel onde fiquei em Berlim tinha um seleto grupo de hóspedes da Wikipedia. Gente de todo o mundo, de diferentes departamentos. Tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas e, claro, o assunto acabou sendo a Wikipedia Brasil e o nosso povo brasileiro.

É chato falar mal de si mesmo, da própria pátria, cultura e compatriotas. Mas é pior fingir que não se está vendo o que está na nossa cara. E uma das características do brasileiro em geral que fica visível até de longe é o nosso espírito de porco. Não é preciso definir, todo mundo entende o que é. É a filosofia por trás do oportunismo exacerbado, a Lei de Gerson, a maldade gratuita, a famosa 'sacanagem' de quem ri do mal alheio. Claro que tem coisas que a gente faz e gosta, como tirar sarro dos argentinos no futebol. Mas aí é uma brincadeira cultural sem consequências, não cai na categoria do que acontece na Wikipedia.

Em vários paises do mundo, talvez mais éticos porém menos divertidos que o nosso, a Wikipedia é um sucesso absoluto. As pessoas entendem seu princípio aberto e colaborativo e produzem wikis com concentração e seriedade. A Alemanha é um dos países onde a Wikipedia é mais produtiva, só pra citar um exemplo.

Aqui no Brasil, porém, acontecem alguns fenômenos diferentes. Tem gente que passa o dia inteiro destruindo o que foi feito, em vez de produzir alguma coisa. Tem outros que querem brincar, sacanear, publicando hoaxes e mentiras nos wikis só para enganar os jornalistas. A ideia é simples: o cara escreve algo que não é verdade. Tenta fazer com que alguém publique essa mentira num jornal. Depois vai lá, coloca o link do jornal nas referências e 'lastreia' a mentira, carimbando a mentira como verdade.

Qual a vantagem disso? Qual o resultado positivo de enganar alguém num meio público e aberto, que pertence a todos? Por que não fazer isso num blog? Por que sacanear uma... enciclopédia?

É isso que os gringos não conseguem assimilar. Eles não entendem por que alguns brasileiros acham graça em destruir algo que também é seu, transgredir uma regra feita também por ele. O espírito de porco, o 'sacanear só pelo prazer perverso', não faz sentido, porque a Wikipedia não é o 'establishment', ela é ... nossa própria comunidade.

Escrever mentiras e destruir wikis é como pichar monumentos. Qual a vantagem de pichar o Cristo Redentor? Por que? Pra que? Pra ganhar notoriedade? Pra dizer que conseguiu? Pra ser o bam bam bam na sua turma?Talvez sim, talvez não. Um dos pichadores do Cristo Redentor ,por exemplo, nem sabe bem por que fez isso. Fez por fazer, sem grandes propósitos.

Não posso afirmar, mas sinto, intuo, que a mesma fonte que gera este tipo de atitude ruim, pode estar ligada a criatividade e ao jogo de cintura do brasileiro. Temos também um lado positivo desse jeito bamboleante da mente e do quadril, uma coisa única. Se a gente conseguisse aproveitar esse dom de um jeito positivo, seríamos uma potência. Temos a energia. Só que usamos a energia de um jeito errado, que dissipa mais do que realiza. A gente perde muito tempo, cuidando da vida alheia mais do que da nossa (eu também... lamento dizer...), destruindo mais do que produzindo, criticando mais do que analisando. Usando a capacidade bacana de brincar no momento errado, no local errado.

Se de um lado temos um povo feliz e sexualmente livre, temos também a chaga do turismo sexual e da prostituição de crianças. Se temos a incomparável beleza do Carnaval, o maior espetáculo da terra, temos também um alto índice de analfabetismo. Se temos uma Internet avançada, somos também o pais recordista em emissão de spam. Se temos uma propaganda premiada, temos uma imensa desigualdade social. Se temos uma TV premiada, temos também uma máquina de comunicação corrompida por favores políticos que concedem emissoras de rádio e TV para quem tem mais poder.

Temos que resolver nossas contradições, temos que decidir nosso futuro, reavaliar nossas posturas. E, sobretudo, aprender a usar nossos dons para coisas que nos levem ao desenvolvimento em vez de nos puxarem para o fundo do poço.

Não somos um povo mimado. Somos crianças sofridas.
Mas mesmo crianças sofridas precisam virar adultas.
Está na hora do Brasil crescer, virar gente grande.
Temos que amadurecer. Pero, claro, sin perder la ternura....

http://noticias.r7.com/blogs/querido-leitor/2010/04/25/nosso-espirito-de-porco/?cp=0#comment-23861
ACESSADO EM 25/04/2010

sábado, 24 de abril de 2010

Médicos desconcertados por adolescente croata que despierta de un coma hablando alemán

Médicos croatas están desconcertados después de que una adolescente que cayó en un coma misterioso despertó hablando alemán con fluidez. Los padres de la joven de 13 años de edad, de la ciudad meridional de Knin, dijeron que su hija sólo había empezado a estudiar alemán en el colegio y había estado tratando de leer libros alemanes y ver televisión alemana -, pero nunca había sido tan buena en alemán.

Pero al despertar la adolescente no pudo hablar croata e incluso se negó, y sólo se comunicaba en perfecto alemán muy superior al dominio del idioma que ella tenía antes de enfermarse. El director del hospital KB Split, Dujomir Marasovic, dijo que todavía están tratando de averiguar qué causó el coma misterioso y por qué la chica parece haber olvidado cómo hablar croata.

Marasovic agregó: "Uno nunca sabe cuando se va recuperar alguien de un trauma en el cerebro y cómo va a reaccionar. Es evidente que tenemos algunas teorías, aunque por el momento estamos limitados a lo que podemos decir porque tenemos que respetar la privacidad del paciente. " Dijo que la condición era tan inusual que numerosos médicos la han examinado, incluidos médicos de habla alemana para tratar de llegar al fondo del misterio.

La enfermera Marika Lenovic de 28 años dijo: "El caso ha atraído un gran interés, no sólo entre los medios de comunicación, sino también entre los profesionales médicos. La niña todavía está siendo atendida en el hospital y está recibiendo visitas regulares de sus familiares aunque hay informes, que ha sido de alto grado de frustración por el hecho de que ya no pueden comunicarse entre sí. El personal del hospital incluso han tenido que recurrir a un intérprete para traducir palabras del adolescente a su familia a pesar de parecer cuando hablan con ella en croata se entiende - pero ella no puede responder de algo que no sea alemán.

El experto psiquiátrico Dr Mijo Milas que ha estado involucrado en el caso dijo: "En otros tiempos esto hubiera sido mencionado como un milagro, preferimos pensar que debe haber una explicación lógica - es solo que no la hemos encontrado todavía . "Hay referencias de casos de personas que han estado gravemente enfermas y hasta en estado de coma y se han despertado hablando otros idiomas - a veces incluso idiomas bíblicos, como la que se hablaba en la vieja Babilonia o Egipto - aunque en este momento cualquier especulación siguen siendo sólo eso, así que es mejor seguir las pruebas hasta que realmente se sepa algo.

La adolescente permaneció en el estado de coma durante 24 horas, y se cree que pudo haber sido provocada por temperatura corporal extremadamente alta.

Fuente: DailyMail

EA

Fonte: http://informe21.com/actualidad/medicos-desconcertados-adolescente-croata-despierta-coma-hablando-aleman

Nuclear Summit


This is a really Cold War, president
http://www.time.com/time/cartoonsoftheweek/0,29489,1982734,00.html?xid=newsletter-cartoons-weekly

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Falta pesquisadores no Estado de São Paulo

Reportagem do R7 afirma que a falta de pesquisadores é reflexo dos fracassos do ensino fundamental, e consequentemente do ensino médio.

Leia:

http://noticias.r7.com/vestibular-e-concursos/noticias/brasil-tem-falta-de-pesquisadores-devido-ao-baixo-numero-de-jovens-no-ensino-medio-diz-fapesp-20100421.html?

Mãe cria blog e acompanha filhos na escola pública_Reflexões



Esse é um exemplo de pessoa que busca efetivar o que está escrito na Constituição Federal, no seu art. 208 § 1º que diz que "o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo" e § 2º que diz que "o não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente". Vanessa usa do instrumento para buscar a efetivação desses direitos e fiscaliza para que esse direito seja aplicado com eficiência e qualidade. Educação, direitos de todos e com qualidade. Afinal de contas. Escola pública também é paga.
Um grande avanço foi conquistarmos uma natureza democrática para os processos políticos. O que falta é agora educarmos os brasileiros para essa natureza. Pois só assim teremos a efetivação da democracia e poderemos então, juntos, exigir a efetivação do que diz a lei. E como a mãe Vanessa, buscar meios de auxiliar nossos filhos numa escola pública de qualidade, que é nosso direito público subjetivo. No entanto a formação/educação da sociedade para a democracia não é um trabalho simples, já que devemos lidar com variáveis como sentidos construídos sobre governo, leis, direitos e deveres. O sistema político e ideológico que o mundo está inserido também pode ser um entrave para essa transformação.

Mãe cria blog e acompanha filhos na escola pública

Vanessa Cabral é uma mãe que está atenta à educação dos filhos. Desde que eles foram para a escola pública (por escolha dela), Vanessa montou um blog, em que conta os detalhes desta experiência.

Saiba os detalhes, acessando o link abaixo:
http://escolapublica.zip.net/

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Trecho da coluna "Mãe Digital", de Gilberto Dimenstein, publicada no jornal Folha de S. Paulo:

A jornalista Vanessa Cabral dizia que nunca faria um blog, exceto se um dia tivesse algo realmente importante para contar. No início deste ano, ela encontrou um bom motivo para mergulhar nessa empreitada e conseguiu inovar o congestionado universo da blogosfera. Não há registro, pelo menos no Brasil, de que alguém tenha criado uma página na internet para acompanhar o cotidiano de seus filhos numa escola pública.

Irritada com o valor das mensalidades dos colégios particulares (de R$ 900 a R$ 1.500) e crítica em relação aos métodos pedagógicos, ela tomou coragem e matriculou seus dois filhos, Ian e Arthur, na escola pública (Brigadeiro Faria Lima) mais próxima de sua casa (em Perdizes). “Senti que, finalmente, tinha encontrado algo, de fato, interessante para escrever.”

Ocorreu, porém, que algumas pessoas passaram a perguntar a Vanessa se ela tinha algum problema psicológico. “Quando contei ao meu grupo de meditação que meus filhos estavam estudando numa escola pública, vi olhos arregalados como se eu tivesse blasfemado.”

Esta notícia foi acessada no site Catraca Livre, mantido pelo jornalista Gilberto Dimenstein:
http://catracalivre.folha.uol.com.br/

terça-feira, 20 de abril de 2010

Professor Robert no Programa do Jô

Não poderia deixar de registrar a presença do Professor Robert no Programa do Jô. Para quem foi aluno dele, e conhece sua forma de pensar e se comunicar, terá um bom exemplo do ser humano e do profissional que é o Professor Roberto Biscaro
Siga o link:

http://www.albinoincoerente.com/2010/04/albino-incoerente-no-programa-do-jo-you.html

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Falando sobre o "Prato de Arroz"



Vem cá!
Realmente estamos vivendo num mundo de abelhudos e zangões. Explico.
Ora somos aquelas pessoas que sentimos necessidades de interfirir na vida dos outros, zunindo e cantando nossos dotes, nossas crenças e nossas opiniões. Nesse mundo da Doxa, ninguém escapa. Todos querem dar sua opinião em tudo. Aqui aparece, então, o segredo do sucesso de portais sociais da web como orkut, blogspot, twitter, space, facebook, tagged entre outros. Se antes faziamos mexericos sobre os parapeitos das janelas, hoje é em cima de um teclado.
Ora somos os zangões, fechados em tudo e para tudo. Não damos opiniões para nada e não queremos ouvir opiniões de ninguém. Não aceitamos mais os novos adds, aceitamos talvez algumas classes ou modalidades que nos interessam ("tagged no hombre", só adiciona mulher no seu orkut?). E fechamo-nos num mundo só nosso, egoista, pero no mucho. Perdido na nossa consciência de um mundo diferente do mundo existente.
É quase ser Dionisio (ou Baco, se preferir) e Apolo ao mesmo tempo. - Eu não sei o porquê de estar escrevendo isso?
Ok? Estou dando uma de abelhudo. Pois bem, o ideal seria fugirmos dos extremos. Aquilo de que não existe mais mocinho nem mocinha. E o cara da capa vermelha, hoje é muito estúpido.
Mas falando sobre o "Prato de Arroz". Bem feito. Tomou na cara. Quem mandou mexer com quem está quieto.

Prato de Arroz


Um sujeito estava colocando flores no túmulo de um parente quando vê um chinês colocando um prato de arroz na lápide ao lado. Ele se vira para o chinês e pergunta:
- Desculpe-me, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?


E o chinês responde:
- Sim e geralmente na mesma hora que o seu vem cheirar as flores!

Respeitar as opções do outro "em qualquer aspecto" é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, "agem diferente" e pensam diferente.

Nunca julgue . . . Apenas compreenda !

domingo, 11 de abril de 2010

ANTES DO SOL NASCER

Deus todo poderoso.
Tenha compaixão de todos, seus filhos.
Dê consolo a quem busca, paz a toda a humanidade
Que a força do Espírito Santo ilumine toda a humanidade

Antes que o mundo acorde e tente negar você

Antes do sol nascer quero estar em sua presença, quero falar de mim, reconhecer meus erros e pedir perdão.
Quero lembrar de seu sacrifício, do amor que o fez morrer, do amor que o faz viver e reinar.
Quero me ajoelhar antes do sol nascer
Quero me declarar antes do sol nascer
Antes que o mundo acorde e tente negar você, oh pai, quero te adorar.

sábado, 10 de abril de 2010

QUANDO ESSE FRIO PASSA PELA GENTE

Sentado no parapeito de uma janela do oitavo andar de um prédio ficamos a cogitar que a vida não tem a mesma cor se olhássemos de lá de baixo Quem já não olhou as coisas por cima devia procurar experimentar a maravilhosa sensação de calçar ou vestir um salto alto plataforma Além de ver o topo das cabeças das pessoas que parecem alfinetes peludos, podemos ver o mapa que as formigas riscaram e você nunca foi capaz de perceber Daqui de cima as pessoas são diferentes, o amor é uma metáfora e aquele frio que passa por entre os braços e pernas dizendo Vai, pula vai Está na hora de sentir o verdadeiro prazer de ser livre E quanto mais embriagado você estiver mais receios terá de dar o primeiro passo para o infinito É quando abro então um portão encantado para um mundo fantástico que povoa a imaginação dos seres alfinetes que vivem lá embaixo Só que os ares estão deixando de ser tão calmo quanto era Está sendo povoados por pássaros pesados que não podem sonhar Com bicos carregados cruzam meu horizonte e não me permitem chegar Mas um passo será suficiente para chegar.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Desabafo de professor - recebido por e-mail

PROFESSOR – UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO

Por Verônica Dutenkefer (20/06/2009)

Esse texto que escrevo precisamente agora é mais um desabafo..

Desabafo de uma profissional que está lecionando há mais de 22 anos e que não sabe se sobreviverá por mais dez anos, que é o tempo que ainda precisará trabalhar (por mais que ame muito o que faz).

Trago comigo muitas perguntas que não querem calar. E talvez a mais inquietante seja: O que será necessário acontecer para se fazer uma reforma educacional neste país????

Constantemente, ouço ou leio reportagens com as autoridades educacionais proclamarem a má formação de seus professores. Culpando as universidades, a falta de cursos de formação e culpando-nos, evidentemente.

questionamentos:

Como um professor de escola pública pode fazer o seu trabalho se ele precisa ficar constantemente parando sua aula para separar a briga entre os alunos, socorrer seu aluno que foi ferido por outro aluno, planejar várias aulas para se trabalhar os bons hábitos, na tentativa vã de se formar cidadãos mais conscientes e de melhor caráter?

Nos cursos de formação nos é passado constantemente a recusa de um programa tradicional e conteudista, mas nossas avaliações de desempenho das escolas, nossos vestibulares e concursos públicos ainda são tradicionais e nos cobram o conteúdo de cada disciplina.

Como pode num país.....num estado...num município haver regras tão diferentes entre a rede particular e pública?

Na rede particular as escolas continuam conteudistas, há a seriação com reprovação, a escola pode suspender ou até mesmo expulsar um aluno que não esteja respeitando as regras daquela instituição.

A rede pública vive mudando o enfoque pedagógico (de acordo com o partido que ganhou as eleições), é cobrado cada vez menos do aluno, não se pode fazer absolutamente nada com um aluno indisciplinado que até mesmo coloca em risco a segurança de outros alunos e funcionários daquela instituição..

Dia a dia...minuto a minuto... os professores são alvos de agressões verbais e até mesmo físicas pelos alunos. A cada dia somos submetidos a níveis de stress insuportáveis para um ser humano.

Temos que dar conta do conteúdo a ser ensinado + sermos responsáveis pela segurança física de nossos alunos + sermos médicos + enfermeiros + psicólogos + assistentes sociais + dentistas + psiquiatras + mãe + pai ......

E, quando ameaçados de morte, se recorremos a uma delegacia pra fazer um boletim de ocorrência ouvimos: “Isto não vai adiantar nada!”

Meus bons alunos presenciam o mal aluno fazendo tudo o que não pode ser feito e não acontecendo nada com ele. É o exemplo da impunidade desde a infância...

Meus bons alunos presenciam que o aluno que não fez absolutamente nada durante o ano, passou de ano como ele, que se esforçou e foi responsável.

Houve um ano que eu tinha um aluno que era muito bom. E ele começou a faltar muito e ir mal na escola. Os colegas diziam que ele ficava empinando pipa ao invés de ir pra escola. Um dia, tive uma conversa com ele, e perguntei o que estava acontecendo? E ele me disse: “Prá que eu vou vir prá escola se eu vou passar de ano mesmo assim?”

Então eu procurei aconselhar (como faço com meus alunos até hoje) que ele devia frequentar a escola, não para tirar notas boas nas provas ou passar de ano. Ele deveria vir à escola para aumentar seu conhecimento que é o único bem que ninguém poderá roubar.Que a escola iria ajudá-lo a aprender e trocar conhecimentos com os outros e ajudá-lo a dar uma melhor formação na vida..

Depois dessa conversa ele não faltou mais tanto...mas nunca mais voltou a ser o excelente aluno que era.

Qual a motivação de ser bom aluno hoje em dia?

Seus ídolos são jogadores de futebol que não falam o português corretamente e que não hesitam em agredir seus colegas jogadores e até mesmo os árbitros. Ensinando que não é necessário haver respeito às autoridades e aos outros.

Ou são dançarinas que mostram seu corpo rebolando na televisão e posando nuas para ganhar dinheiro.

Para quê eu me matar de estudar se há tantas profissões que não são valorizados e nem respeitadas? ??

Conheci (e ainda conheço e convivo) ao longo de minha carreira na escola pública, inúmeros profissionais maravilhosos. Pessoas que amam a sua profissão, que se preocupam com seus alunos, que fazem trabalhos excepcionais. Que possuem um conhecimento e formação excelentes, mas que estão desgastados e quase arrasados diante da atual situação educacional.

Li, há poucos dias, num artigo que os cursos de filosofia, matemática, química, biologia e outros todos ligados à área de magistério não estão tendo procura nas universidades.

Lógico!!!!!Quem é que quer ser professor??? ??????

Quem é que quer entrar numa carreira que está sendo extinta, não só pela total desvalorização e respeito, mas também pela falta de segurança que estamos enfrentando nas escolas?

Fiquei indignada com uma reportagem na TV (que aliás adora fazer reportagens sensacionalistas colocando o professor sempre como vilão da história) em que relatava que numa escola um aluno ameaçava os outros com um revólver e, num determinado momento, o repórter perguntou:”Onde estava o professor que não viu isso??!!”

E agora eu pergunto: “O que se espera de um professor (ou de qualquer ser humano), que se faça com uma arma apontada pra você ou pra outro ser humano??? Ah...já sei...o professor deveria enfrentar as balas do revólver!!!! Claro!!! As universidades e os cursos de aperfeiçoamento de professores não estão nos ensinando isso..

Vocês tem conhecimento de como os professores de nosso país estão adoecendo??? ?

Vocês sabem o que é enfrentar o stress que a violência moral e física tem nos submetido dia a dia?

Você sabe o que é ouvir de um pai frases assim:

“Meu filho mentiu, mas ele é apenas uma criança!”

“Eu não sei mais o que fazer com o meu filho!”

“Você está passando muita lição para meu filho, e ele é apenas uma criança!”

“Ele agrediu o coleguinha, mas não foi ele quem começou.”

“Meu filho destruiu a escola, mas não fez isso sozinho!”

Classes super lotadas, falta de material pedagógico, espaço físico destruído, violência, desperdício de merenda, desperdício de material escolar que eles recebem e, muitas vezes, não valorizam (afinal eles não precisam fazer absolutamente nada para merecê-los), brigas por causa do “Leve-leite” (o aluno não pode faltar muito, não por que isso prejudica sua aprendizagem, mas porque senão ele não leva o leite.)

Regras educacionais dissonantes de acordo com a classe social dos alunos.

Impunidade.

Mas a educação não vai bem, por causa do professor..

Encerro esse desabafo com essa pergunta que li há poucos dias:

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"


O BOM NESTE PAÍS É SER POLITICO. APOSENTA-SE COM 8 ANOS DE "TRABALHO(?) ", E QUE SALÁRIO!!! (sem contar que não precisa grande formação acadêmica pra isto, infelizmente...)

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

REFLEXÕES

Quando poderemos ter a certeza que a profissão de magistério será valorizada e respeitada pela sociedade e por nossos governantes?
Como é possível que a sociedade não enxergue a mazela em que está o sistema educacional, que é atributo de toda a sociedade, e permite que governadores destruam cada vez mais um pouco desse sistema?
Até quando haverá professores dispostos a trabalhar com essa condição precária que se encontra a escola pública, principalmente as escolas do Estado de São Paulo?

São essas e algumas questões que gostaria de verem respondidas.

Professores de SP decidem manter greve

De O Globo:

Em assembleia realizada na Praça da República, no Centro de São Paulo, o sindicato que representa os professores da rede estadual de ensino decidir manter a greve iniciada em 8 de março. A categoria reivindica reajuste salarial de 34,1% mais outros benefícios.

O governo paulista classifica o movimento como 'político' e diz que só negocia com o fim da paralisação. Antes da assembleia, professores e outros servidores estaduais fecharam as duas pistas da Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte Moderna (Masp).

BLOG DO NOBLAT

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Toda greve é política




Curiosa a maneira como os governantes de nosso país, de nossos estados e municípios utilizam o termo “política”.


Os jornais de São Paulo — como tantos outros pelo país todo — têm publicado declarações dos coronéis da nação referindo-se às greves como “greve política”. Ao fazerem tais declarações, se queixam de que essas greves sempre aconteçam em ano eleitoral, ao mesmo tempo em que jamais reconhecem a verdadeira extensão da adesão de profissionais envolvidos nos movimentos reivindicatórios, sempre alegando baixa adesão (no caso da greve dos professores paulistas, por exemplo, os governantes têm afirmado que apenas 1% das escolas foram afetadas pelo movimento, enquanto que a realidade está demonstrando que mais de 70% das escolas estão total ou parcialmente paralisadas) .


Hoje mesmo estamos passando por um momento em que esse tipo de “fenômeno” se repete.


Os educadores da rede estadual de São Paulo estão em greve. Professores, diretores de escola e supervisores deflagraram uma greve que reivindica melhores salários, melhores condições de trabalho e melhor qualidade da Educação.


Para o governador José Serra, e toda sua falange de pupilos neoliberais, a greve é política.


Oras, dizer que uma greve é política equivale a dizer que “o açúcar é doce” ou “o sal é salgado”. Afinal de contas, como poderia uma greve não ser política?


A maneira como se dão as relações entre os funcionários públicos — neste caso os professores, diretores de escola e supervisores educacionais — e seu “patrão” — no caso o estado de Sâo Paulo, representado pelo seu governo atual, exercido pelo mandato de José Serra —, configura uma relação política, seja quando há greve, seja quando não há, da mesma maneira como ocorre entre o0s patrões da iniciativa privada e seus trabalhadores.


Originalmente, a palavra política deriva do grego politikós, e tem a ver com tudo quanto diga respeito aos cidadãos e ao governo. De acordo com os professores Hilton Japiassú e Danilo Marcondes, “a filosofia política é assim a análise filosófica da relação entre os cidadãos e a sociedade, as formas de poder e as condições em que este se exerce, os sistemas de governo e a natureza, a validade e a justificação das decisões políticas.” (Dicionário Básico de Filosofia, p. 215, Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001 — grifos meus)


As reivindicações, que levaram à greve os professores, diretores de escolas e supervisores da rede estadual de Educação, estão diretamente relacionadas às formas de poder e às condições em que este se exerce. Alguém tem alguma dúvida em relação a isso?


Entretanto, como em nosso país a palavra política, no senso comum e na voz do povo, se relaciona aos políticos — que exercem o poder de governo —, sua acepção se reveste de uma significação negativa. É juízo geral que “político não presta”, devido ao exemplo que os representantes dos poderes legislativo e executivo nos têm legado. Por isso, dizer que uma atividade, um fenômeno ou um acontecimento qualquer “é político”, praticamente significa dizer que tal atividade, fenômeno ou acontecimento “não preste”.


Mas é preciso que se supere tal paradigma. Afinal de contas, o senso comum, apesar de muito sábio no que diz respeito aos políticos brasileiro, não representa o significado preciso (original) da palavra política. Se a maioria de nossos políticos “não presta”, não significa que a greve, por “ser política”, também não preste.


Quanto às decisões tomadas por um e outro lado no movimento reivindicatório dos educadores vale destacar que o governo paulista, formado pelos políticos do estado de São Paulo, está se recusando ao diálogo e à negociação, fazendo jus à acepção popular do termo “política”.

Por outro lado, a greve dos educadores, deflagrada neste ano eleitoral, por ser política, no sentido grego do verbete, reflete sabedoria por parte de seus organizadores, já que coloca “em xeque” as decisões dos políticos que representam o poder que se exerce sobre os cidadãos e a sociedade.


Cabe à sociedade tomar cuidado ao eleger quem presta e quem não presta! Afinal, a greve é um movimento deflagrado pelos educadores, ao passo que as críticas têm vindo dos “políticos” do governo.

Silvinha Rezende